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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Corpo e Alma

Eu sou corpo, por inteiro corpo e nada mais” 
( Friedrich Nietzsche)

Por muito tempo acreditou se que alma e corpo eram entes distintos, que alma era imortal, a senhora do corpo e que deveria buscar o Bem, diria Platão ou buscar Deus, diria tradição judaico-cristã... e por ultimo Descartes e toda sua geração de mecanicistas que acreditavam que o corpo nada mais era que uma máquina e nós apenas a mente - a alma - e o corpo  nada mais que um escravo das paixões, dos vícios e de todas as coisas mundanas. Mas se enganaram, sua metafísica está sob ruínas. Pensamos, logo existimos - é a lógica cartesiana, única maneira de obter consciência de si mesmo. O fato de termos consciência de nossa existência faz nos existir, do latin "ex-sistere", que quer dizer "estar em pé, fora de", e assim nos observamos como se estivéssemos fora do corpo, um ente à parte, eis a causa dos insensatos dualismos entre mente e corpo.  Somos ao mesmo tempo quem observa e quem é observado, somos quem manda e quem obedece e nesse paradoxo em meio ao absurdo existir, passamos por uma multiplicidade de sensações, percepções e nos confundimos, restando apenas a metafísica como explicação. Porém, hoje a luz do meio dia, podemos afirmar que a mente sem o corpo não existiria e o corpo sem a mente seria apenas uma máquina sem programa, porém um auto-programa e assim mente e corpo interagem e ambos são um só. Felizmente já se foi o tempo que alma desprezava o corpo, se julgando superior, o tempo da alma imortal... mas o jogo teve fim, a alma imortal está morta, assim como Deus e o mecanicismo não passou de uma breve quemeria, e o corpo foi ressucitado - eis o soberano!

sábado, 10 de julho de 2010

Porque escrevo tão pouco...

"Conclusão é o lugar onde se chega quando se cansa de pensar."
 (Peter Drucker)

Quanto mais penso, mais percebo que estou longe de chegar onde desejo. Como cair eternamente sem nunca chegar, sem nem mesmo saber se chegará. É certo que precisamos de um chão para poder caminhar, angustiante é viver sem ter onde se apoiar. Esse chão de certezas subjaz nosso Ser, quando ele cai caimos juntos. Para onde? Essa é a questão!  Ele cai porque apenas acreditamos, ingenuaente. acreditamos. Desaprendi o que mais difícil é - desaprendi a acreditar - hoje quero apenas saber... e tão pouco sei. Poderia escrever, ajuntar palavras, dissecar meu próprio espírito e alma, mas nada valeria, afinal "falar é recorrer a tautologias". Não aprecio monólogos, tenho pouco a aprender comigo mesmo, aprecio a interação, dialética, a arte de ouvir. Por isso muitas vezes recorro às pessoas vivas ou como de praxe, me refugio no mundo dos mortos, onde não polpei o meu próprio sangue para falar com alguns deles... mergulho no mundo inferior, sem passar pelo Letes, numa profunda orgia... e nesse incessante cair - aprendi a voar.